
Armando Boito Júnior
Programa de Ciência Política
Linha 3 - Estado e regimes políticos
Linha 4 - Teoria e pensamento político
Função: Professor Titular
Prédio: Prédio dos Professores - Sala: 37-B
Fone: +55 (19) 35211674
Professor Titular de Ciência Política da Unicamp onde trabalha em regime de dedicação exclusiva. Desenvolve pesquisa sobre as relações de classe no capitalismo neoliberal no Brasil e na América Latina. Coordena o projeto temático intitulado "Política e classes sociais no capitalismo neoliberal", financiado pela Fapesp, e o projeto intitulado "Mundialização neoliberal, política e conflitos sociais no Brasil e na França", financiado pelo Convênio Capes-Cofecub. É editor da revista Crítica Marxista e Diretor do Centro de Estudos Marxistas (Cemarx) do IFCH-Unicamp. Pesquisou o sindicalismo e a política brasileira e, mais recentemente, tem pesquisado também na área de teoria política e marxismo. É autor dos seguintes livros: O Golpe de 1954: a burguesia contra o populismo (Editora Brasiliense); O sindicalismo de Estado no Brasil - uma análise crítica da estrurtura sindical (Editoras Hucitec e Unicamp); Política neoliberal e sindicalismo no Brasil (Editora Xamã), O Sindicalismo na política brasileira (Editora IFCH-Unicamp) e Estado, política e classes sociais (Editora da Unesp). Organizou diversas coletâneas sobre a teoria marxista e o movimento operário. Carreira acadêmica: Bacharel em Ciências Sociais (Unicamp), Mestre em Ciência Política (Unicamp), Diplôme d´Études Approfondies (École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris), Doutor em Sociologia (USP), Pós-doutorado (Fondation Nationale des Sciences Politiques - FNSP, Paris), Livre-Docente (Unicamp), Professor Titular (Unicamp) e Academic Visitor na University of London.
PRINCIPAL PROJETO DE PESQUISA
A crise políitca, a nova direita, Estado e o conflitos de classe no Brasil
Descrição: O objeto deste projeto de pesquisa é a ascensão da direita política - uma nova direita - ao poder governamental no Brasil a partir de 2016. Mais especificamente, pretendemos, por um lado, averiguar o tipo de crise política que resulta na ascensão da direita à Presidência da República e, por outro lado, caracterizar o Governo Bolsonaro, desdobrando a pesquisa em diversos níveis de análise: o tipo de crise política que deu origem ao Governo Bolsonaro; a força hegemônica na definição das políticas econômica, externa e social; a base social principal do movimento bolsonarista e sua expansão para outros segmentos sociais; as coalisões ministerial, parlamentar e judiciária da nova configuração do poder político. Uma primeira hipótese de pesquisa indica que as forças sociais que tomaram como alvo a destituição do governo Dilma Rousseff foram favoráveis à implementação de uma versão extremada de neoliberalismo, versão essa - e aqui reside a singularidade de nossa hipótese - que corresponde aos interesses da fração de classe dominante associada, de maneira subordinada e passiva, ao capital internacional. Uma segunda hipótese refere-se à caracterização do movimento social bolsonarista - que tem base principalmente em setores das classes médias - e do governo atual como neofascista, em razão, especialmente mas não apenas, de suas proposições de crítica autoritária à democracia, que se apresenta dissimuladamente como uma crítica à "velha política", e da busca por eliminar da competição política as forças de esquerda. Nossa hipótese fala em base principal desse movimento, porque não desconsidera o apoio ativo que ele recebe dos proprietários de terra e nem o apoio, este último passivo, que tal movimento obteve junto a segmentos populares. Por fim, a estes elementos - a ofensiva restauradora do campo neoliberal extremado, a constituição de um movimento reacionário de classe média - somaram-se outros que criaram uma crise política de tipo particular.
PRINCIPAIS TRABALHOS ACADÊMICOS
.png)